sexta-feira, 12 de março de 2010

Ephigênio de Freitas Bahiense, o popular GENINHO (nº 8 do Botafogo) - Parte IV


“Ao parar de jogar, Geninho me deu suas chuteiras, como um reconhecimento de sua admiração por mim, segundo suas próprias palavras. E eu, ao invés de guardá-las, passei a usá-las, talvez para fazer os passes melhor!!! Como fui burro!!!

Posteriormente, já treinando os profissionais, me lançou no time de cima, em General Severiano, em (mais ou menos) 1956, contra o AIK (um time sueco que veio ao Brasil), no lugar de Bauer, que havia sido um destaque na Seleção Brasileira de 1950. E depois, em Santos, contra o Santos que começara a lançar um jogador que viria a se tornar ídolo mundial, o Pelé.

Mais tarde, ainda em torno de 56/57, estreei no Maracanã com sucesso, coisa pouco comum para um jogador de minha idade, ainda no lugar do mesmo Bauer. Foi um jogo contra o Fluminense e não era comum um jogador tão jovem contar com a confiança do seu treinador numa partida contra o timão tricolor, no maior estádio do mundo.

Por conveniências contratuais, Geninho foi substituído por João Saldanha, então diretor, na direção da equipe.

Grande amigo de um industrial famoso na época, Ermelindo Matarazzo, era responsável pelo time deste, que também jogara pelo Botafogo há tempos atrás, que o "obedecia à risca", e onde também tive o prazer de jogar, muitas vezes no campo do sítio do Dr. Paulo Tovar, médico e antigo craque do Botafogo, aos sábados, junto com outros jogadores do alvinegro como Cacá, Pampolini, Beto, N. Santos, entre outros.

Para terminar, gostaria de deixar consignado aqui quanto me entristeceu seu falecimento prematuro, com 62 anos de idade, e o fato de ter sido privado, tão cedo, do convívio com este inesquecível personagem da história botafoguense, de quem lembro com o maior carinho sempre que o tema é FUTEBOL.”

Texto de Ronald Alzuguir

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